* 17- CUIDANDO DA VINHA E COMPARTILHANDO DO SEU FRUTO: A VINHA DO PODER (ANDANDO INFELIZMENTE CADA VEZ MAIS BEM LONGE DE DEUS E DE SEU FILHO O MESTRE JESUS)...

Boa Noite, Querido(a) Leitor(a):

Hoje eu lhe convido para você me acompanhar mais uma vez nesta reflexão a qual considero uma das mais difíceis de ser elaborada e escrita devido a sua complexidade e temas delicados e polêmicos que serão comentados. 

O tema aborda como DEUS e o Seu Filho JESUS pensam a respeito daquilo que chamamos de “poder”, ou seja, a respeito da capacidade que alguém ou um grupo de pessoas tem de deliberar e influenciar pessoas, seja de forma coercitiva ou cativante, a nível religioso, político, jurídico e econômico, poderes estes dos quais todos os demais poderes e instituições de poder derivam nas sociedades humanas.

Pergunto: quais as percepções acerca deste tema que o legado histórico e teológico deixado pelos nossos antepassados (Moisés, os Profetas, os Apóstolos, etc.) que tiveram contato pessoal com DEUS e Seu Filho JESUS nos deixou e que chega até os nossos dias através daquilo que hoje conhecemos como Bíblia? Então, vamos lá...

1)    DO PODER RELIGIOSO:

Em primeiro lugar é importante sabermos e entendermos que o ofício eclesiástico surge pela incapacidade da maioria dos seres humanos de forma perfeita (santa, justa, piedosa, amorosa, etc.) em se relacionar com um DEUS que é perfeito, íntegro (caráter 100% santo, justo, piedoso, amoroso, etc.) e que coloca como condição para as pessoas que se aproximam DELE que estas pessoas tenham a disposição interior em buscar esta perfeição, surgindo aí então a necessidade do estabelecimento de grupo de pessoas que seguindo um estilo de vida santo, justo e piedoso pudesse e possa orientar outras pessoas em como viver de acordo com os princípios e valores da ética e moral divina em todas as dimensões existenciais (relacionamento com DEUS, com outras pessoas, com os demais seres vivos constitutivos daquilo que chamamos de natureza ou meio ambiente, etc.). E, a prova disto é que primeiro DEUS se revela e orienta os mandamentos ou cláusulas do contrato de relacionamento entre as pessoas e ELE, agindo inclusive sempre como Alguém que quer ter comunhão com os seres humanos, sendo o pecado e a dura cerviz do ser humano (provocada pelo endurecimento pelo pecado) as únicas causas para DEUS estabelecer num segundo momento um ofício religioso com sacerdotes, templo, etc, (Êxodo 20; 33).

Porém, ao DEUS ter instituído o ofício eclesiástico estabeleceu-lhes regras bem claras sobre as suas funções e limites incluindo nestes limites aspectos como a separação entre o poder religioso e o poder político e o não enriquecimento material das pessoas que servem a ELE como lideranças eclesiásticas (Êxodo 28; 29; 30; Livro de Levítico; Deuteronômio 14: 22-29; 18: 1-8; 26: 12-19; Números 18; I Samuel 2; 3; II Crônicas 26: 16-23; Mateus 10: 8).

Interessante é constatarmos que nesta questão do “poder religioso”, JESUS dando continuidade a estes ensinamentos do PAI e procurando avançar no estabelecimento da ideia e projeto inicial de DEUS de sempre viver em contato e comunhão direta com o ser humano sem a necessidade de intermediário algum, adverte seriamente sobre as graves consequências à sociedade quando ocorre o rompimento destes limites estabelecidos por DEUS, rompimento este provocado seja pelo poder religioso, seja pelo poder político. Também adverte aos seus discípulos para não agirem de acordo com os costumes errados do poder religioso/político vigente da época, costumes este que inclusive eram ensinados como se fossem mandamentos divinos (Malaquias 1; 2; Mateus 10; 15; 23; Marcos 9: 30-37; Lucas 9:  46-62; 10).

2)    DO PODER POLÍTICO:

Em primeiro lugar é importante sabermos e entendermos que o ofício de governante político (civil ou militar) surge pela incapacidade da maioria dos seres humanos (devido ao pecado) em viver harmoniosamente em comunidade respeitando o bem comum, os direitos de cada um e praticando de forma voluntária os seus deveres em prol do bem comum (I Samuel 8; Provérbios 28:2).

Em Deuteronômio 17: 14-20 DEUS deixa bem evidente que, diferentemente dos costumes institucionais vigentes dos povos e nações, numa sociedade, para o próprio bem desta sociedade, sua preservação e perpetuação da espécie humana, o poder político deve:

a)  Respeitar o poder religioso e jurídico e deve existir separação entre o poder religioso e o poder político logo, nada do Líder político ser também o Líder religioso e vice-versa (I Reis 12: 25-33; II Crônicas 26: 16-23);

b)  Não deve ser detentor de riqueza excessiva e deve priorizar a instituição família em sua natureza primordial (heterossexual e monogâmica);

c)   Deve ser um fiel cumpridor (e não um manipulador) da lei em todos os aspectos (civil, penal, administrativo, meio ambiente, etc.). Portanto, não importa o regime, a forma ou o sistema de governo, a responsabilidade do governante é um princípio fundamental, logo, a premissa irresponsabilidade que existe no ordenamento jurídico de formas de governo como a monarquia é algo inaceitável para DEUS;

d)  Deve ser exercido não por pessoas alheias a uma nacionalidade, mas sim, por pessoas oriundas desta nacionalidade.     

(Deuteronômio 17:14) - Quando entrares na terra que te dá o SENHOR teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações que estão em redor de mim;

(Deuteronômio 17:15) - Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o SENHOR teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos.

(Deuteronômio 17:16) - Porém ele não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho.

(Deuteronômio 17:17) - Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem prata nem ouro multiplicará muito para si.

(Deuteronômio 17:18) - Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta lei, do original que está diante dos sacerdotes levitas.

(Deuteronômio 17:19) - E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao SENHOR seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para cumpri-los;

(Deuteronômio 17:20) - Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.

Interessante é também vermos que nesta questão do “poder político”, JESUS dando continuidade e aprofundando estes ensinamentos do PAI alerta aos seus discípulos que o poder político não deve jamais se sobrepor aos cidadãos de forma totalitária, absolutista (Mateus 20: 20-28; Marcos 9: 30-41).   

(Mateus 20:20) - Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido.

(Mateus 20:21) - E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino.

(Mateus 20:22) - Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos.

(Mateus 20:23) - E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.

(Mateus 20:24) - E, quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos.

(Mateus 20:25) - Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.

(Mateus 20:26) - Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;

(Mateus 20:27) - E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;

(Mateus 20:28) - Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

(Marcos 9:30) - E, tendo partido dali, caminharam pela Galiléia, e não queria que alguém o soubesse;

(Marcos 9:31) - Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia.

(Marcos 9:32) - Mas eles não entendiam esta palavra, e receavam interrogá-lo.

(Marcos 9:33) - E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?

(Marcos 9:34) - Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.

(Marcos 9:35) - E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.

(Marcos 9:36) - E, lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes:

(Marcos 9:37) - Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou.

(Marcos 9:38) - E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.

(Marcos 9:39) - Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.

(Marcos 9:40) - Porque quem não é contra nós, é por nós.

(Marcos 9:41) - Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão.

(Marcos 9:42) - E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar.

(Marcos 9:43) - E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,

(Marcos 9:44) - Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.

(Marcos 9:45) - E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga,

(Marcos 9:46) - Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.

(Marcos 9:47) - E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno,

(Marcos 9:48) - Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.

(Marcos 9:49) - Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.

(Marcos 9:50) - Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.

 3)    DO PODER JUDICIÁRIO:

Na concepção e óptica divina o poder judiciário deve ser o fiel aferidor da balança em todas as dimensões existenciais da vida humana, fazendo justiça a todos(as) independentemente da pessoa ser pobre ou rica, homem ou mulher, natural ou estrangeiro, deve proteger o meio ambiente, etc, sem jamais aceitar favores e presentes de que tipo for e de quem quer que seja (Êxodo 23: 1-9; Levítico 19: 12, 15, 33-37; Deuteronômio 10: 17-19; 24: 16-17; Provérbios 12: 10; Isaías 10: 1-2; Mateus 23).

4)    DO PODER ECONÔMICO:

DEUS ensina e recomenda que o poder econômico jamais deve subjugar, se tornar senhor absoluto e destruir as pessoas e os demais seres vivos e recursos naturais e, precisa entender e respeitar os ciclos circadianos da natureza e possibilitar que as gerações presentes deixem para as gerações futuras do patrimônio ambiental que receberam para cima e não menos do que recebeu dos seus antepassados, pois caso contrário o caos e o colapso das civilizações são inevitáveis (Êxodo 22: 25; 25: 37; Salmos 15:5; Levítico 23; 25; Números 36:4; Isaías 1; 23; Ezequiel 22; 28; Lucas 12: 13-34; II Coríntios 12: 14; Apocalipse 13).

Agora, cá pra nós, olho no olho, entre mim e você amado(a) leitor(a), porventura o que vemos desde os primórdios da humanidade até hoje nas sociedades dos povos e nações da Terra, diferentemente do que DEUS e JESUS nos ensinam, não é:

a)  O poder religioso através de muitos dos seus líderes se comportarem sem limites ao ensinar e exigir cumprimento de ortodoxias humanas como se fossem mandamentos divinos e confundindo-se com o poder político e com o poder econômico e suas instituições ao usar dízimos/ofertas (que possuem usos específicos instituídos por DEUS, Levítico 27:32; Números 18: 21-28; Deuteronômio 26:12) para custear grupos e campanhas de partidos políticos e para transformar as instituições religiosas numa empresa privada e familiar, quebrando assim a necessária separação entre os poderes religioso, político e econômico, separação esta que quando não ocorre traz graves e grandes problemas para a sociedade conforme exemplos Históricos / Bíblicos estão aí para nos ensinar? Vejam bem, não estamos dizendo que uma pessoa que professa e exerce uma práxis religiosa não se candidate ou não dispute pleitos eleitorais, mas sim, que aquelas pessoas que exercem cargos de liderança nas comunidades religiosas não acumulem os ofícios de liderança eclesiástica e liderança política pela confusão dos papéis e status e uso indevido da estrutura religiosa e seus recursos para atividades político-partidárias.

b)  O poder político através de seus representantes cada vez mais rico e oprimindo politicamente e financeiramente o povo, possuindo cada vez mais privilégios que o cidadão comum não tem? O poder político cada vez mais se confundindo com o poder religioso ao ponto de legislar sobre assuntos que competem unicamente à esfera religiosa inclusive se sobrepondo ao poder religioso e querendo intervir em questões de natureza de fé como, por exemplo, discriminando as instituições religiosas que não aceitam e nem admitem o aborto, manipulação de células-tronco a partir de embriões, legalização da prostituição como se fosse profissão, relações sexuais ilícitas (sexo antes do casamento, adultério, homossexualismo, etc.) e querendo classificar as comunidades que não aceitam a união homossexual como homofóbicas e ainda mais querendo obrigá-las a aceitar e realizar matrimônio entre pessoas do mesmo sexo usando inclusive o poder judiciário para isto? O poder político que se diz republicano aplicando o princípio monárquico da irresponsabilidade jurídica (que como vimos DEUS não o aceita) ao usar de artifícios e manobras jurídicas para livrar os políticos e gestores corruptos de instituições públicas que estão a serviço do poder político de modo que raramente vemos nos Países eles serem punidos e os recursos que se apropriaram de forma indevida voltar aos cofres públicos dos povos e nações de onde foram roubados?

c)   O poder judiciário cada vez mais com dois pesos e duas medidas e colocando um pano transparente nos olhos, e, assim, sendo sempre ágil em defender os direitos dos ricos e de quem detém o poder político e econômico, mas, sempre lento e devagar quase parando (que nem tartaruga andando em terra firme) quando se trata de defender os direitos dos cidadãos nas injustiças praticadas contra eles pelo poder político, econômico ou até mesmo pelo poder religioso quando corrompido, etc? O poder jurídico cada vez mais refém da ingerência política ao ponto de critérios como notável saber jurídico e conduta ilibada (idônea) serem hoje critérios só de papel para se ocupar cargos públicos na área jurídica?  

e)  O poder econômico cada vez mais se confundindo com o poder político em sua pior manifestação (autoritarismo) e, assim, subjugando, sendo o senhor absoluto e destruindo as pessoas e os demais seres vivos e os recursos naturais fazendo que cada geração que passa deixe um passivo ambiental (que gera um passivo socioeconômico) para as futuras gerações quebrando assim o princípio básico e elementar do uso e gestão sustentável dos recursos naturais? O poder econômico cada vez mais se confundindo com o poder político a nível internacional intervindo cada vez mais na soberania, segurança e sobrevivência (política, alimentar, nutricional, etc.) dos povos e nações quebrando assim o princípio de que a soberania política de uma nação deve ser exercida não por pessoas alheias a uma nacionalidade, mas sim, por pessoas oriundas desta nacionalidade? 

Pois é, queridos(as)! Precisamos cada vez mais repensar e rever muitas coisas e colocá-las em seus devidos lugares, pois caso contrário cada vez mais a confusão reinará e se multiplicará por caminhos e situações cada vez mais delicadas e que poderiam e podem ser perfeitamente evitadas caso as pessoas tivessem a sensibilidade e o entendimento e vissem as coisas como DEUS e JESUS veem e agissem como ELES nos orientam! E olha que em pleno século XXI exemplos não nos faltam seja na Bíblia / História para nos ensinar a não cometermos os mesmos erros que outras civilizações cometeram levando-as inclusive ao caos, decadência e colapso total! Portanto, que jamais esqueçamos que:

1)  O poder religioso jamais deve se misturar e se confundir com o poder político, pois todas as vezes que isto na História da humanidade aconteceu e acontece, em geral, com raríssimas exceções, ou o poder religioso se corrompeu e se corrompe ou então entrou e entra em confronto direto com o poder político tendo inclusive ocorrido conflitos civis, guerra entre nações, práticas de autoritarismo, tirania, etc;

2)  O poder jurídico jamais se misture e se confunda com o poder político e econômico, pois todas as vezes que isto ocorreu e ocorre na humanidade a injustiça (social, econômica, etc.), o caos, a decadência e o colapso das civilizações são inevitáveis. O poder jurídico também não deve se confundir com o poder religioso e deve respeitar este poder religioso até mesmo porque direito laico não é a mesma coisa de direito canônico (religioso) e, embora ambos tenham uma mesma origem, tratam de legislar sobre coisas diferentes, logo ao oficiarem em território que não é seu só traz confusão e confronto de segmentos que tratam de coisas diferentes, ou seja, um de coisas de natureza laica e outro de coisas de natureza de fé. Portanto, quem quer obter direitos civis que entram em conflito com questões de natureza de fé não queira estender estes direitos para a esfera religiosa e nem muito menos obrigue o poder religioso a modificar sua práxis, legislação e pregação religiosa em benefício destes direitos que vão de encontro aos princípios e doutrina de fé. O poder jurídico ainda precisa ter consciência além de curto prazo também a médio e longo prazo das implicações das legitimidades e legalidades que auferem aos seres humanos em todas as dimensões existenciais e suas consequências no que diz repeito à perpetuação da espécie humana, dos demais seres vivos no planeta e da existência da sociedade. Portanto, tem que ter a consciência de que legalizar o aborto e a manipulação de células-tronco a partir de embriões é atentar contra a vida e os direitos humanos em seu artigo III (toda pessoa tem direito à vida, à  liberdade e à segurança pessoal), pois estas legalidades consistem em atentados contra a vida humana e vão de encontro à perpetuação da espécie humana na Terra! E, defender casamento entre homossexuais é colaborar para a extinção da espécie humana na Terra! Além do mais existem outras formas dos homossexuais garantirem os seus direitos os quais a lei já lhes permite: o testamento e/ou ao comprar ou herdar algum bem colocar este bem também em nome do seu parceiro! A lei já garante isto! Não precisa oficializar esta união em forma de casamento! O que realmente os homossexuais querem é obrigar a sociedade e a religião a mudar o paradigma do que é casamento e família!

3)  O poder econômico jamais se misture e se confunda com o poder político seja a nível nacional ou internacional, pois quando isto acontece a soberania, segurança e sobrevivência (política, alimentar, nutricional, etc.) dos povos e nações do presente e do futuro seriamente e gravemente são afetadas e comprometidas gerando pobreza, miséria e refugiados ambientais devido a ditadura do poder econômico;

4)  Em algum momento até podem existir parcerias de trabalho entre o poder religioso, o poder político, o poder judiciário e o poder econômico como uma área comum entre conjuntos matemáticos que interagem numa área de intersecção em outro plano de trabalho, mas, que jamais leva estes conjuntos a perderem a sua identidade, a confundirem seu papel e finalidade de atuação e nem mesmo a disputar o domínio de atuação territorial um do outro;

5)  Apenas na Pessoa de JESUS CRISTO os ofícios de Governante político, Sacerdote e Juiz coabitam em perfeita harmonia e equilíbrio, logo, instituição humana alguma e outra pessoa alguma na Terra devem confundir e concentrar estes três ofícios e suas respectivas funções (Isaías 9: 6-7; 11; 61: 1-3; Zacarias 14: 9-21; Mateus 25: 31-46; Lucas 11: 29-32; João 1; Atos 17: 30-31; Colossenses 2: 1-3; Hebreus 1; Apocalipse 20);

6)  O modo de pensar e de agir de DEUS (meu Pai) e de Seu Filho JESUS (meu Irmão mais velho, meu Senhor e Salvador) realmente é muito diferente do modo de pensar do ser humano corrompido e marcado pelo pecado: enquanto a maioria dos homens luta e briga até a morte usando até mesmo artifícios inescrupulosos para obtenção e manutenção do poder personificado em alguém e sua perpetuação por alguma pessoa, grupo ou instituição humana (família, dinastia, sociedades secretas, agremiações políticas, religiosas, econômica, etc.) independentemente se esta pessoa, grupo e instituição estão à altura e são e/ou continuam aptas para exercerem uma boa governança, DEUS e JESUS preocupam-se e interferem na História da humanidade para existência e manutenção da excelente qualidade dos atributos e do exercício do poder os quais estão diretamente relacionados com a aptidão e caráter qualificados das pessoas (que manifesta sabedoria, ética, disposição para servir, humildade, mansidão, compaixão, etc.) para o bom exercício do poder que deve propiciar excelentes resultados na sociedade em prol do bem comum não importando por qual pessoa venha isto ocorrer (homem, mulher, pobre, rico, nobre, plebeu, independentemente da profissão, etc.). Assim, DEUS e JESUS primam e prezam pela meritocracia em vez do poder exercido por pessoas ou grupo de pessoas interessadas em apenas obter, manter e aumentar o seu poder e sua benesse (status, privilégios para si ou sua família e demais membros do grupo de poder, etc.), meritocracia esta que resulte em benefícios para a sociedade como um todo em todas as dimensões existenciais (religiosa, política, jurídica, econômica, ambiental, etc.). Vale ainda salientar, que inclusive DEUS e JESUS não hesitam em ensinar e mostrar sobre a necessidade de promover a substituição das pessoas quando for necessária esta substituição sejam elas quais forem e em quais instituições ou nações estejam à frente e quais cargos ocupem na sociedade (Levítico 18; Isaías 55: 8-9; Tiago 3; 4; 5; I Samuel 2: 27-31; 15: 10-19; 16: 1-23; I Reis 11; 12; 14; 16; 19; 21: 17-29; II Reis 9; 10: 28-33; 22: 14-20; Provérbios 9:10; 15:33; Ezequiel 28; Daniel 4; 5; Mateus 11: 12-30; 21: 33-46; João 13:1-20; Lucas 9: 46-56; 19: 11-27; Mateus 25: 31-46; Atos 12; Colossenses 3: 1-17; Gálatas 3: 27-29; II Coríntios 10:8; 13:10; Apocalipse 13; 17; 18; 19; 20).

Assim, como podemos observar mais uma vez as crises sistêmicas, caos, decadência e colapso de civilizações não acontecem por acaso, sendo consequências da existência de péssimas lideranças em seus diferentes estilos (como mostramos na reflexão postada em 04/02/2013) e do mau exercício do poder em todas as dimensões existenciais!

A sociedade humana precisa progredir no sentido de que cada vez mais o exercício do poder independa de ações personalista, ambição, ganância, irresponsabilidade, etc, de um grupo ou segmento social, progredindo assim para que cada País possua um projeto de nação e de contribuição em escala mundial de forma sistêmica, multidimensional para o progresso da humanidade em todas as dimensões existenciais, não possuindo, portanto, apenas planos, políticas e programas pontuais com visões limitadas e sem ampla participação das pessoas como cidadãs plenas (atuante nas dimensões da ética, social, política, econômica, ecológica, etc e que continuamente constroem, monitora, opinam e são ouvidas na execução da pauta de trabalho dos seus Governos).   

Bem, aqui finalizo agradecendo mais uma vez por ter me acompanhado nesta reflexão multidimensional esperando que possa ter contribuído para reflexão existencial sua, de sua família e de sua nação...


Pra.Carmem (Pra. Acsa)

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