Boa Noite, Querido(a)
Leitor(a):
Pra.Carmem (Pra. Acsa)
Hoje eu lhe convido para
você me acompanhar mais uma vez nesta reflexão a qual considero uma das mais
difíceis de ser elaborada e escrita devido a sua complexidade e temas delicados
e polêmicos que serão comentados.
O tema aborda como DEUS e o Seu
Filho JESUS pensam a respeito daquilo que chamamos de “poder”, ou seja, a
respeito da capacidade que alguém ou um grupo de pessoas tem de deliberar e
influenciar pessoas, seja de forma coercitiva ou cativante, a nível religioso,
político, jurídico e econômico, poderes estes dos quais todos os demais poderes
e instituições de poder derivam nas sociedades humanas.
Pergunto: quais
as percepções acerca deste tema que o legado histórico e teológico deixado pelos
nossos antepassados (Moisés, os Profetas, os Apóstolos, etc.) que tiveram
contato pessoal com DEUS e Seu Filho JESUS nos deixou e que chega até os nossos
dias através daquilo que hoje conhecemos como Bíblia? Então, vamos lá...
1) DO PODER RELIGIOSO:
Em primeiro lugar é
importante sabermos e entendermos que o ofício eclesiástico surge pela
incapacidade da maioria dos seres humanos de forma perfeita (santa, justa, piedosa,
amorosa, etc.) em se relacionar com um DEUS que é perfeito, íntegro (caráter
100% santo, justo, piedoso, amoroso, etc.) e que coloca como condição para as
pessoas que se aproximam DELE que estas pessoas tenham a disposição interior em
buscar esta perfeição, surgindo aí então a necessidade do estabelecimento de
grupo de pessoas que seguindo um estilo de vida santo, justo e piedoso pudesse
e possa orientar outras pessoas em como viver de acordo com os princípios e valores
da ética e moral divina em todas as dimensões existenciais (relacionamento com
DEUS, com outras pessoas, com os demais seres vivos constitutivos daquilo que
chamamos de natureza ou meio ambiente, etc.). E, a prova disto é que primeiro
DEUS se revela e orienta os mandamentos ou cláusulas do contrato de
relacionamento entre as pessoas e ELE, agindo inclusive sempre como Alguém que
quer ter comunhão com os seres humanos, sendo o pecado e a dura cerviz do ser
humano (provocada pelo endurecimento pelo pecado) as únicas causas para DEUS
estabelecer num segundo momento um ofício religioso com sacerdotes, templo,
etc, (Êxodo 20; 33).
Porém, ao DEUS ter
instituído o ofício eclesiástico estabeleceu-lhes regras bem claras sobre as
suas funções e limites incluindo nestes limites aspectos como a separação entre
o poder religioso e o poder político e o não enriquecimento material das
pessoas que servem a ELE como lideranças eclesiásticas (Êxodo 28; 29; 30; Livro
de Levítico; Deuteronômio 14: 22-29; 18: 1-8; 26: 12-19; Números 18; I Samuel
2; 3; II Crônicas 26: 16-23; Mateus 10: 8).
Interessante é constatarmos
que nesta questão do “poder religioso”, JESUS dando continuidade a estes
ensinamentos do PAI e procurando avançar no estabelecimento da ideia e projeto
inicial de DEUS de sempre viver em contato e comunhão direta com o ser humano
sem a necessidade de intermediário algum, adverte seriamente sobre as graves
consequências à sociedade quando ocorre o rompimento destes limites
estabelecidos por DEUS, rompimento este provocado seja pelo poder religioso,
seja pelo poder político. Também adverte aos seus discípulos para não agirem de
acordo com os costumes errados do poder religioso/político vigente da época,
costumes este que inclusive eram ensinados como se fossem mandamentos divinos
(Malaquias 1; 2; Mateus 10; 15; 23; Marcos 9: 30-37; Lucas 9: 46-62; 10).
2) DO PODER POLÍTICO:
Em primeiro lugar é
importante sabermos e entendermos que o ofício de governante político (civil ou
militar) surge pela incapacidade da maioria dos seres humanos (devido ao pecado) em viver
harmoniosamente em comunidade respeitando o bem comum, os direitos de cada um e
praticando de forma voluntária os seus deveres em prol do bem comum (I Samuel
8; Provérbios 28:2).
Em Deuteronômio 17: 14-20
DEUS deixa bem evidente que, diferentemente dos costumes institucionais
vigentes dos povos e nações, numa sociedade, para o próprio bem desta
sociedade, sua preservação e perpetuação da espécie humana, o poder político deve:
a) Respeitar
o poder religioso e jurídico e deve existir separação entre o poder religioso e
o poder político logo, nada do Líder político ser também o Líder religioso e
vice-versa (I Reis 12: 25-33; II Crônicas 26: 16-23);
b) Não
deve ser detentor de riqueza excessiva e deve priorizar a instituição família
em sua natureza primordial (heterossexual e monogâmica);
c) Deve
ser um fiel cumpridor (e não um manipulador) da lei em todos os aspectos
(civil, penal, administrativo, meio ambiente, etc.). Portanto, não importa o
regime, a forma ou o sistema de governo, a responsabilidade do governante é um
princípio fundamental, logo, a premissa irresponsabilidade que existe no
ordenamento jurídico de formas de governo como a monarquia é algo inaceitável
para DEUS;
d) Deve
ser exercido não por pessoas alheias a uma nacionalidade, mas sim, por pessoas
oriundas desta nacionalidade.
(Deuteronômio 17:14) -
Quando entrares na terra que te dá o SENHOR teu Deus, e a possuíres, e nela
habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações
que estão em redor de mim;
(Deuteronômio 17:15) - Porás
certamente sobre ti como rei aquele que escolher o SENHOR teu Deus; dentre teus
irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não
seja de teus irmãos.
(Deuteronômio 17:16) - Porém
ele não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito para
multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos tem dito: Nunca mais voltareis por este
caminho.
(Deuteronômio 17:17) -
Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie;
nem prata nem ouro multiplicará muito para si.
(Deuteronômio 17:18) - Será
também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para
si num livro, um traslado desta lei, do original que está diante dos sacerdotes
levitas.
(Deuteronômio 17:19) - E o
terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer
ao SENHOR seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes
estatutos, para cumpri-los;
(Deuteronômio 17:20) - Para
que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do
mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus
dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.
Interessante é também vermos
que nesta questão do “poder político”, JESUS dando continuidade e aprofundando estes
ensinamentos do PAI alerta aos seus discípulos que o poder político não deve
jamais se sobrepor aos cidadãos de forma totalitária, absolutista (Mateus 20:
20-28; Marcos 9: 30-41).
(Mateus 20:20) - Então se
aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e
fazendo-lhe um pedido.
(Mateus 20:21) - E ele
diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se
assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino.
(Mateus 20:22) - Jesus,
porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice
que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?
Dizem-lhe eles: Podemos.
(Mateus 20:23) - E diz-lhes
ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que
eu sou batizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me
pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.
(Mateus 20:24) - E, quando
os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos.
(Mateus 20:25) - Então
Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos
gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
(Mateus 20:26) - Não será
assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja
vosso serviçal;
(Mateus 20:27) - E, qualquer
que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;
(Mateus 20:28) - Bem como o
Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua
vida em resgate de muitos.
(Marcos 9:30) - E, tendo
partido dali, caminharam pela Galiléia, e não queria que alguém o soubesse;
(Marcos 9:31) - Porque
ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas
mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia.
(Marcos 9:32) - Mas eles não
entendiam esta palavra, e receavam interrogá-lo.
(Marcos 9:33) - E chegou a
Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo
caminho?
(Marcos 9:34) - Mas eles
calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.
(Marcos 9:35) - E ele,
assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro,
será o derradeiro de todos e o servo de todos.
(Marcos 9:36) - E, lançando
mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes:
(Marcos 9:37) - Qualquer que
receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me
receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou.
(Marcos 9:38) - E João lhe
respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual
não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.
(Marcos 9:39) - Jesus,
porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome
e possa logo falar mal de mim.
(Marcos 9:40) - Porque quem
não é contra nós, é por nós.
(Marcos 9:41) - Porquanto,
qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois
discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão.
(Marcos 9:42) - E qualquer
que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe
pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar.
(Marcos 9:43) - E, se a tua
mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do
que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
(Marcos 9:44) - Onde o seu
bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
(Marcos 9:45) - E, se o teu
pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que,
tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga,
(Marcos 9:46) - Onde o seu
bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
(Marcos 9:47) - E, se o teu
olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus
com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno,
(Marcos 9:48) - Onde o seu
bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
(Marcos 9:49) - Porque cada
um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
(Marcos 9:50) - Bom é o sal;
mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós
mesmos, e paz uns com os outros.
3) DO PODER JUDICIÁRIO:
Na concepção e óptica divina
o poder judiciário deve ser o fiel aferidor da balança em todas as dimensões
existenciais da vida humana, fazendo justiça a todos(as) independentemente da
pessoa ser pobre ou rica, homem ou mulher, natural ou estrangeiro, deve proteger o meio
ambiente, etc, sem jamais aceitar favores e presentes de que tipo for e de quem
quer que seja (Êxodo 23: 1-9; Levítico 19: 12, 15, 33-37; Deuteronômio 10:
17-19; 24: 16-17; Provérbios 12: 10; Isaías 10: 1-2; Mateus 23).
4) DO PODER ECONÔMICO:
DEUS ensina e recomenda que
o poder econômico jamais deve subjugar, se tornar senhor absoluto e destruir as
pessoas e os demais seres vivos e recursos naturais e, precisa entender e
respeitar os ciclos circadianos da natureza e possibilitar que as gerações
presentes deixem para as gerações futuras do patrimônio ambiental que receberam para cima e não menos do que recebeu dos seus antepassados, pois caso contrário
o caos e o colapso das civilizações são inevitáveis (Êxodo 22: 25; 25: 37;
Salmos 15:5; Levítico 23; 25; Números 36:4; Isaías 1; 23; Ezequiel 22; 28; Lucas
12: 13-34; II Coríntios 12: 14; Apocalipse 13).
Agora, cá pra nós, olho no
olho, entre mim e você amado(a) leitor(a), porventura o que vemos desde os
primórdios da humanidade até hoje nas sociedades dos povos e nações da Terra,
diferentemente do que DEUS e JESUS nos ensinam, não é:
a) O
poder religioso através de muitos dos seus líderes se comportarem sem limites
ao ensinar e exigir cumprimento de ortodoxias humanas como se fossem
mandamentos divinos e confundindo-se com o poder político e com o poder
econômico e suas instituições ao usar dízimos/ofertas (que possuem usos específicos instituídos
por DEUS, Levítico 27:32; Números 18: 21-28; Deuteronômio 26:12)
para custear grupos e campanhas de partidos políticos e para transformar as
instituições religiosas numa empresa privada e familiar, quebrando assim a necessária
separação entre os poderes religioso, político e econômico, separação esta que
quando não ocorre traz graves e grandes problemas para a sociedade conforme
exemplos Históricos / Bíblicos estão aí para nos ensinar? Vejam bem, não
estamos dizendo que uma pessoa que professa e exerce uma práxis religiosa não
se candidate ou não dispute pleitos eleitorais, mas sim, que aquelas pessoas
que exercem cargos de liderança nas comunidades religiosas não acumulem os
ofícios de liderança eclesiástica e liderança política pela confusão dos papéis
e status e uso indevido da estrutura religiosa e seus recursos para atividades
político-partidárias.
b) O
poder político através de seus representantes cada vez mais rico e oprimindo politicamente
e financeiramente o povo, possuindo cada vez mais privilégios que o cidadão
comum não tem? O poder político cada vez mais se confundindo com o poder
religioso ao ponto de legislar sobre assuntos que competem unicamente à esfera
religiosa inclusive se sobrepondo ao poder religioso e querendo intervir em
questões de natureza de fé como, por exemplo, discriminando as instituições
religiosas que não aceitam e nem admitem o aborto, manipulação de
células-tronco a partir de embriões, legalização da prostituição como se fosse
profissão, relações sexuais ilícitas (sexo antes do casamento, adultério, homossexualismo,
etc.) e querendo classificar as comunidades que não aceitam a união homossexual
como homofóbicas e ainda mais querendo obrigá-las a aceitar e realizar
matrimônio entre pessoas do mesmo sexo usando inclusive o poder judiciário para
isto? O poder político que se diz republicano aplicando o princípio monárquico
da irresponsabilidade jurídica (que como vimos DEUS não o aceita) ao usar de
artifícios e manobras jurídicas para livrar os políticos e gestores corruptos
de instituições públicas que estão a serviço do poder político de modo que
raramente vemos nos Países eles serem punidos e os recursos que se apropriaram
de forma indevida voltar aos cofres públicos dos povos e nações de onde foram
roubados?
c) O
poder judiciário cada vez mais com dois pesos e duas medidas e colocando um
pano transparente nos olhos, e, assim, sendo sempre ágil em defender os
direitos dos ricos e de quem detém o poder político e econômico, mas, sempre lento e
devagar quase parando (que nem tartaruga andando em terra firme) quando se
trata de defender os direitos dos cidadãos nas injustiças praticadas contra
eles pelo poder político, econômico ou até mesmo pelo poder religioso quando
corrompido, etc? O poder jurídico cada vez mais refém da ingerência política ao
ponto de critérios como notável saber jurídico e conduta ilibada (idônea) serem
hoje critérios só de papel para se ocupar cargos públicos na área
jurídica?
e) O
poder econômico cada vez mais se confundindo com o poder político em sua pior
manifestação (autoritarismo) e, assim, subjugando, sendo o senhor absoluto e
destruindo as pessoas e os demais seres vivos e os recursos naturais fazendo
que cada geração que passa deixe um passivo ambiental (que gera um passivo socioeconômico)
para as futuras gerações quebrando assim o princípio básico e elementar do uso
e gestão sustentável dos recursos naturais? O poder econômico cada vez mais se
confundindo com o poder político a nível internacional intervindo cada vez mais
na soberania, segurança e sobrevivência (política, alimentar, nutricional,
etc.) dos povos e nações quebrando assim o princípio de que a soberania
política de uma nação deve ser exercida não por pessoas alheias a uma
nacionalidade, mas sim, por pessoas oriundas desta nacionalidade?
Pois
é, queridos(as)! Precisamos cada vez mais repensar e rever muitas coisas e
colocá-las em seus devidos lugares, pois caso contrário cada vez mais a
confusão reinará e se multiplicará por caminhos e situações cada vez mais
delicadas e que poderiam e podem ser perfeitamente evitadas caso as pessoas
tivessem a sensibilidade e o entendimento e vissem as coisas como DEUS e JESUS
veem e agissem como ELES nos orientam! E olha que em pleno século XXI exemplos
não nos faltam seja na Bíblia / História para nos ensinar a não cometermos os
mesmos erros que outras civilizações cometeram levando-as inclusive ao caos, decadência
e colapso total! Portanto, que jamais esqueçamos que:
1) O
poder religioso jamais deve se misturar e se confundir com o poder político, pois
todas as vezes que isto na História da humanidade aconteceu e acontece, em
geral, com raríssimas exceções, ou o poder religioso se corrompeu e se corrompe
ou então entrou e entra em confronto direto com o poder político tendo
inclusive ocorrido conflitos civis, guerra entre nações, práticas de
autoritarismo, tirania, etc;
2) O
poder jurídico jamais se misture e se confunda com o poder político e econômico,
pois todas as vezes que isto ocorreu e ocorre na humanidade a injustiça
(social, econômica, etc.), o caos, a decadência e o colapso das civilizações
são inevitáveis. O poder jurídico também não deve se confundir com o poder
religioso e deve respeitar este poder religioso até mesmo porque direito laico
não é a mesma coisa de direito canônico (religioso) e, embora ambos tenham uma
mesma origem, tratam de legislar sobre coisas diferentes, logo ao oficiarem em
território que não é seu só traz confusão e confronto de segmentos que tratam
de coisas diferentes, ou seja, um de coisas de natureza laica e outro de coisas
de natureza de fé. Portanto, quem quer obter direitos civis que entram em
conflito com questões de natureza de fé não queira estender estes direitos para
a esfera religiosa e nem muito menos obrigue o poder religioso a modificar sua
práxis, legislação e pregação religiosa em benefício destes direitos que vão de
encontro aos princípios e doutrina de fé. O poder jurídico ainda precisa ter
consciência além de curto prazo também a médio e longo prazo das implicações
das legitimidades e legalidades que auferem aos seres humanos em todas as
dimensões existenciais e suas consequências no que diz repeito à perpetuação da
espécie humana, dos demais seres vivos no planeta e da existência da sociedade.
Portanto, tem que ter a
consciência de que legalizar o aborto e a manipulação de células-tronco a
partir de embriões é atentar contra a vida e os direitos humanos em seu artigo
III (toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal),
pois estas legalidades consistem em atentados contra a vida humana e vão de
encontro à perpetuação da espécie humana na Terra! E, defender casamento entre
homossexuais é colaborar para a extinção da espécie humana na Terra! Além do mais existem outras formas dos homossexuais garantirem os seus direitos os quais a lei já lhes permite: o testamento e/ou ao comprar ou herdar algum bem colocar este bem também em nome do seu parceiro! A lei já garante isto! Não precisa oficializar esta união em forma de casamento! O que realmente os homossexuais querem é obrigar a sociedade e a religião a mudar o paradigma do que é casamento e família!
3) O
poder econômico jamais se misture e se confunda com o poder político seja a
nível nacional ou internacional, pois quando isto acontece a soberania, segurança
e sobrevivência (política, alimentar, nutricional, etc.) dos povos e nações do
presente e do futuro seriamente e gravemente são afetadas e comprometidas
gerando pobreza, miséria e refugiados ambientais devido a ditadura do poder
econômico;
4) Em
algum momento até podem existir parcerias de trabalho entre o poder
religioso, o poder político, o poder judiciário e o poder econômico como uma
área comum entre conjuntos matemáticos que interagem numa área de intersecção
em outro plano de trabalho, mas, que jamais leva estes conjuntos a perderem a
sua identidade, a confundirem seu papel e finalidade de atuação e nem mesmo a
disputar o domínio de atuação territorial um do outro;
5) Apenas
na Pessoa de JESUS CRISTO os ofícios de Governante político, Sacerdote e Juiz
coabitam em perfeita harmonia e equilíbrio, logo, instituição humana alguma e
outra pessoa alguma na Terra devem confundir e concentrar estes três ofícios e
suas respectivas funções (Isaías 9: 6-7; 11; 61: 1-3; Zacarias 14: 9-21; Mateus
25: 31-46; Lucas 11: 29-32; João 1; Atos 17: 30-31; Colossenses 2: 1-3; Hebreus
1; Apocalipse 20);
6) O
modo de pensar e de agir de DEUS (meu Pai) e de Seu Filho JESUS (meu Irmão mais
velho, meu Senhor e Salvador) realmente é muito diferente do modo de pensar do ser humano corrompido e
marcado pelo pecado: enquanto a maioria dos homens luta e briga até a morte usando
até mesmo artifícios inescrupulosos para obtenção e manutenção do poder personificado
em alguém e sua perpetuação por alguma pessoa, grupo ou instituição humana
(família, dinastia, sociedades secretas, agremiações políticas, religiosas, econômica,
etc.) independentemente se esta pessoa, grupo e instituição estão à altura e são
e/ou continuam aptas para exercerem uma boa governança, DEUS e JESUS preocupam-se
e interferem na História da humanidade para existência e manutenção da excelente
qualidade dos atributos e do exercício do poder os quais estão diretamente
relacionados com a aptidão e caráter qualificados das pessoas (que manifesta sabedoria,
ética, disposição para servir, humildade, mansidão, compaixão, etc.) para o bom
exercício do poder que deve propiciar excelentes resultados na sociedade em
prol do bem comum não importando por qual pessoa venha isto ocorrer (homem,
mulher, pobre, rico, nobre, plebeu, independentemente da profissão, etc.).
Assim, DEUS e JESUS primam e prezam pela meritocracia em vez do poder exercido por
pessoas ou grupo de pessoas interessadas em apenas obter, manter e aumentar o
seu poder e sua benesse (status, privilégios para si ou sua família e demais
membros do grupo de poder, etc.), meritocracia esta que resulte em benefícios
para a sociedade como um todo em todas as dimensões existenciais (religiosa, política,
jurídica, econômica, ambiental, etc.). Vale ainda salientar, que inclusive DEUS
e JESUS não hesitam em ensinar e mostrar sobre a necessidade de promover a
substituição das pessoas quando for necessária esta substituição sejam elas
quais forem e em quais instituições ou nações estejam à frente e quais cargos
ocupem na sociedade (Levítico 18; Isaías 55: 8-9; Tiago 3; 4; 5; I Samuel 2:
27-31; 15: 10-19; 16: 1-23; I Reis 11; 12; 14; 16; 19; 21: 17-29; II Reis 9;
10: 28-33; 22: 14-20; Provérbios 9:10; 15:33; Ezequiel 28; Daniel 4; 5; Mateus
11: 12-30; 21: 33-46; João 13:1-20; Lucas 9: 46-56; 19: 11-27; Mateus 25: 31-46;
Atos 12; Colossenses 3: 1-17; Gálatas 3: 27-29; II Coríntios 10:8; 13:10;
Apocalipse 13; 17; 18; 19; 20).
Assim,
como podemos observar mais uma vez as crises sistêmicas, caos, decadência e
colapso de civilizações não acontecem por acaso, sendo consequências da
existência de péssimas lideranças em seus diferentes estilos (como mostramos na
reflexão postada em 04/02/2013) e do mau exercício do poder em todas as
dimensões existenciais!
A
sociedade humana precisa progredir no sentido de que cada vez mais o exercício
do poder independa de ações personalista, ambição, ganância,
irresponsabilidade, etc, de um grupo ou segmento social, progredindo assim para
que cada País possua um projeto de nação e de contribuição em escala mundial de
forma sistêmica, multidimensional para o progresso da humanidade em todas as
dimensões existenciais, não possuindo, portanto, apenas planos, políticas e
programas pontuais com visões limitadas e sem ampla participação das pessoas
como cidadãs plenas (atuante nas dimensões da ética, social, política, econômica, ecológica, etc e que
continuamente constroem, monitora, opinam e são ouvidas na execução da pauta de
trabalho dos seus Governos).
Bem,
aqui finalizo agradecendo mais uma vez por ter me acompanhado nesta reflexão
multidimensional esperando que possa ter contribuído para reflexão existencial
sua, de sua família e de sua nação...
Pra.Carmem (Pra. Acsa)